PSICOLOGIA E OS
PSICÓLOGOS PARA O QUE?
Análise sobre o
contexto Moçambicano
João
Pedro Wing[1]
Machel
Isac[2]
Nota de Referência
WING, J.P. & ISAC, M. (2018). Psicologia e os psicólogos para o que? Análise sobre o contexto Moçambicano. Montepuez : Universidade Pedagógica. Disponivel em:https://joaopedrowing.blogspot.com/2019/09/psicologia-e-ospsicologos-para-o-que.html
Resumo:
O
trabalho tem como tema: Psicologia e os Psicólogos para o que? Análise sobre o
contexto Moçambicano. Com este tema os autores pretendiam compreender, como a
Psicologia como ciência funciona e os Psicólogos como profissionais actuam no
contexto Moçambicano. Não se tem conhecimento de quando, como e quem deu início
a esse tipo de tratamento da Psicologia e os Psicólogos em Moçambique, pois
desde a sua implementação até então enfrenta grandes dificuldades no campo de
actuação. A este escasso de envolvimento do psicólogo no seu ambiente de
trabalho, deixa uma preocupação aos Psicólogos Moçambicanos. A pesquisa é de
uma abordagem qualitativa, quanto aos procedimentos foi uma revisão
bibliográfica, usando método fenomenológico hermenêutica. Todavia, verifica-se
ausencia de políticas para actuação destes. Espera-se com estes dispertar o
papel do Psicólogo na sociedade Moçambicana.
Palvras-chave: Psicólogos,
Moçambique, Psicologia, actuação e instituição.
Abstract:
The work
has as its theme: Psychology and Psychologists for what? Analysis of the
Mozambican context. With this theme the authors wanted to understand, how
Psychology as a science works and Psychologists as professionals act in the
Mozambican context. There is no knowledge of when, how and who started this
kind of treatment of Psychology and Psychologists in Mozambique, since its
implementation until then faces great difficulties in the field of action. This
scarce involvement of the psychologist in his work environment leaves a concern
to the Mozambican Psychologists. The research is of a qualitative approach, as
far as the procedures was a bibliographical review, using phenomenological
hermeneutic method. However, there is no policy to act on them. It is hoped
that these will uncover the role of Psychologist in Mocambicana society.
Key words: Psychologists, Mozambique, Psychology, acting and
institution.
Introdução
O Psicólogo é um profissional que desenvolve a sua
actividade convista a promover o bem-estar social, psicológico e social dos
indivíduos. A fraca coactuação deste to sobre a sistematização de dados sobre a
actuação deste em contextos Educacionais (dificuldades de aprendizagem) de
calamidades naturais, abusos sexuais e em casos de violências que cause trauma
nos indivíduos. Dai a nossa inquietação psicologia e psicólogos para oque?
Por meio de situações e problemas típicos do
exercício profissional do Psicólogo em Moçambique, apesar de se reconhecer o
papel deste na sociedade. Por alguma razão, não são exploradas as
potencialidades desde, visto que nas escolas não encontramos a figura do
psicólogo entre outros sectores cuja actuação deste é imprescindível.
Este cenário de dificuldade
de enquadramento do psicólogo, nos preocupa bastante, visto que ao se fazer o
curso, olha para os perfis de saída, relactivamente aos currículos da
Universidade Pedagógica, onde vem frustrando as expectativas destes.
Por tanto foi a partir deste problema em que o presente
estudo tem como tema: Psicologia e os psicólogos para o que? Análise sobre o
contexto moçambicano.
Por tanto esta pesquisa, teve como objectivo geral
Descrever as
dificuldades do enquadramento do Psicólogo no seu ambiente de trabalho em Moçambique.
E para operacionalização do objectivo geral, a pesquisa teve os seguintes
objectivos específicos identificar e caracterizar as dificuldades do enquadramento do Psicólogo no seu ambiente de trabalho em Moçambique.
A presente pesquisa, enquadra-se nas ciências
psicológicas, na sua linha de pesquisa Psicologia Geral, em que os autores para
melhor perceber a respeito do tema teve como objecto de estudo “as dificuldades do enquadramento do Psicólogo no seu ambiente de trabalho em Moçambique”.
No que tange a relevância do tema a
razão da escolha deste tema deveu-se pelo facto de actualmente existir muita
reclamação pela parte dos professores, estudantes e especialistas de psicologia
que tem vindo dia-pois-dia a se deparar com essa problemática das dificuldades
de aplicação da Psicologia, das praticas e da actuação. Facto que desencoraja
ou desmotiva muitos indivíduos da área em não desenvolver suas actividades
conforme.
Em paralelo às regras estruturais, o trabalho em
vista está organizado a partir da presente introdução, seguida sucessivamente
do desenvolvimento dos aspectos essenciais relacionados com o tema em
abordagem, a discussão em torno do mesmo, sugestões e a sua síntese conclusiva
e a respectiva referência bibliográfica que faz a elucidação das obras usadas na
desta linha teórica.
Revisão da literatura
Conceito de Psicologia
O termo Psicologia é de origem greco-latino, e
etimologicamente pode traduzir-se no seguinte: psiychè = alma;
logia=logos=estudo ou ciência. Assim, a palavra Psicologia
significa estudo da alma ou ciência da alma, ciência que estuda as ideias,
sentimentos, e determinações cujo conjunto constitui o espírito humano (HENNEMAN,
1974).
Como uma ciência
autónoma com um objecto de estudo e métodos próprios de investigação, ela é
definida como ciência que estuda o comportamento do homem e dos outros
animais.
Segundo WOOLFOLK (2000), Psicologia é o estudo de
comportamento e dos processos mentais.
Actualmente a psicologia é
definida como a ciência que se
concentra no comportamento e nos processos mentais – de todos os animais.
Assim, o objecto de estudo da Psicologia é o comportamento
dos seres vivos especificamente homens e animais, isto é, a Psicologia
estuda a resposta ou conjunto de respostas observáveis de um individuo ou de um
grupo, a uma situação ou estímulo.
Quem é Psicólogo?
Psicólogo
“é o profissional que faz o curso de graduação em Psicologia e pode se
especializar em qualquer das variadas áreas da Psicologia”. (BRAGHIROLLI, et al, 2002, p. 26).
Para REIS (2009),
o Psicólogo é um profissional graduado em
Psicologia, curso com duração média de 5 anos, em que se estuda uma série de
teorias sobre porque as pessoas se comportam da forma como se comportam e como
é possível ajudá-las a superar suas dificuldades e/ou desenvolverem-se de algum
modo.
De
uma forma geral, podemos afirmar que o psicólogo é um profissional formado na
área de psicologia que procede a sua investigação utilizando técnicas
específicas no sentido de ajudar os indivíduos a desenvolverem-se e a obterem a
sua satisfação pessoal.
O
que um Psicólogo faz?
A resposta a esta pergunta pode variar
de acordo com o campo e método de trabalho do profissional. Na luz de REIS (2009),
na Clínica, o Psicólogo busca ajudar o cliente a
compreender as causas de seu sofrimento e encontrar formas de superá-lo. Ele
não atende apenas portadores de transtornos psiquiátricos (depressão,
esquizofrenia, pânico, entre outros), mas qualquer pessoa que esteja
insatisfeita com algum aspecto de sua vida e queira melhorá-lo, como por
exemplo, casamento, trabalho, educação dos filhos, entre outros.
Como o Psicólogo
trabalha?
A resposta a esta pergunta também irá
variar de acordo com o campo e método de trabalho do Psicólogo. Para REIS (2009),
o Campo de trabalho é o contexto no qual ele actua,
contexto este, que pode ser clínico, organizacional, educacional, social/
comunitário, hospitalar/ saúde, esporte, jurídico, trânsito, entre outros. Cada
um destes contextos possui um conjunto de demandas (necessidades) específicas,
que exigem do Psicólogo um conjunto de estratégias específicas para atendê-las.
Estas estratégias também podem variar conforme seu método de trabalho.
O Método de trabalho do Psicólogo é
baseado em sua teoria de estudo, que pode ser Comportamental, Cognitivista,
Psicanalítica, Sistêmica ou outra, dentre as tantas reconhecidas pelo Conselho
de Psicologia (REIS, 2009). Cada
uma delas possui uma forma particular de compreender e explicar o comportamento
humano, e a partir dessas particularidades, variam também as formas de lidar
com os problemas levados à clínica.
Enquanto alguns psicólogos prezam por um
método que estimula mais a escuta diante dos problemas relatados, outros
trabalham fundamentados em abordagens que incentivam o diálogo constante e
vínculo colaborativo entre terapeuta e cliente. Os Psicólogos organizacionais,
por exemplo, participam activamente do processo terapêutico fazendo perguntas,
comentários e propondo actividades que levem o cliente a compreender melhor seu
problema e desenvolver estratégias para superá-lo. A intervenção é feita a
partir de uma análise cuidadosa do que o levou a procurar ajuda e de sua vida
de forma geral, e via de regra, busca promover a autonomia daquela pessoa, de
forma que ela própria seja capaz, no futuro, de identificar factores
desencadeadores de problemas e eliminá-los, evitando recaídas.
Desenho metodológico
A pesquisa é descritiva do cunho qualitativo,
baseada aos procedimentos de uma revisão bibliográfica.
Neste estudo é privilegiada a abordagem qualitativa
uma vez que, as opiniões e as informações foram analisadas fazendo o juízo de
valor. Isso por que os autores não pretendiam
quantificar a ocorrência do fenómeno, mas sim aferir sensibilidades em relação
ao fenómeno pesquisado. E a pesquisa é descritiva porque objectivo era de
descrever como ocorre o fenómeno. E ainda ela é bibliográfica por que os
autores entraram em confrontação com as literaturas (estudos feitos), desde
monografia, artigos e dissertações que abordam em relação a esta problemática
das dificuldades de enquadramento do Psicólogo Moçambicano no seu ambiente de
Trabalho, que vem ganhando um contorno alarmante dia-pois-dia.
Portanto na presente pesquisa, a
metodologia usada consistiu na abordagem fenomenológico hermenêuticas que
serviu como base para perceber acerca das dificuldades de enquadramento do
Psicólogo Moçambicano no seu ambiente de Trabalho.
Resultado e
discussão
Hoje, nota-se que a
formação e a actuação do psicólogo na realidade Moçambicana têm sido objecto de
constante estudo. Essas investigações cresceram em quantidade na medida em que
um maior número de psicólogos foi colocado no mercado de trabalho, muitas vezes
denunciando um desajuste na situação de exercício das actividades profissionais.
Quando se verifica o panorama geral desses estudos, incluindo as dissertações,
as teses e os livros, percebe-se que a análise das relações entre a formação e
a actuação do psicólogo merece maior atenção.
Desde que surgiram os primeiros cursos de Psicologia, até hoje a
essência do curso não foi reformulada". Para Weber e Carraher (1982)
citado por ZANELLI (2002), existe
consenso de que o currículo vigente não reflecte o estado actual da Psicologia
como ciência e como profissão. Constatam-se desfasagens patentes entre o que
aqui é ensinado e o que é produzido nos grandes centros intelectuais, bem como
entre o que o psicólogo aprendeu e os desafios que afronta quotidianamente na
sua prática profissional.
“A formação profissional e o
exercício das actividades de trabalho pelo psicólogo têm sido restritos,
precários e deficientes” (ZANELLI,
2002, p. 17).
Funções
dos Psicólogos
Com
base das informações da área e reflexão conjunta dos psicólogos, apresentam, em
consistência com objectivos previamente definidos, funções e tarefas
idealizadas como uma análise ocupacional do psicólogo.
Para
ZANELLI (2002), colocadas
entre as actividades do psicólogo, a realização de diagnóstico psicológico,
orientação e mensuração psicológica para processos de selecção profissional,
orientação psicopedagógica e solução de problemas de ajustamento, estão ao
cargo do Psicólogo. O que orienta a definição das actividades que o psicólogo
pode exercer, fica claro, que é a selecção de pessoal ou o uso de instrumentos
psicológicos para avaliar o ajuste do indivíduo em diferentes contextos. Tando
em conta as actividades, o psicólogo é:
ü Agente
de mudança;
ü Mediador
e facilitador das relações e da comunicação;
ü Supervisionar
e acompanhar a execução de programas de reeducação psicopedagógica;
ü Diagnosticar
e acompanhar clinicamente profissionais e estudantes com os problemas que
afecta o desempenho;
A Psicologia e os Psicólogos nas décadas actuais
Pretende-se
percorrer rapidamente, em breve histórico, a implantação do que se tem
caracterizado como a política educacional Moçambicana, voltando nossa atenção
para o sistema de ensino superior e a instalação dos cursos de Psicologia nas
Escolas Secundárias Gerais, substrato formal para a legitimação do exercício
dos psicólogos, em geral e em particular, das actividades dos mesmos em
organizações.
A
instalação de cursos de Psicologia, mostrou-se rentável: sem grandes dispêndios
financeiros, estruturaram-se cursos de ampla demanda para aqueles que sonhavam
ascender pela via do terceiro grau. O revestimento de respeitabilidade
académica foi procurado por meio da reprodução dos padrões adoptados pelas universidades
que já mantinham alguma tradição. As faculdades particulares captavam
professores entre os alunos recém-graduados nas universidades já firmadas.
Conforme a análise de AZEVEDO
e MENIN (1995), ao
mesmo tempo em que, sob, o rótulo de democratização do ensino, expandiram-se as
matrículas, não se forneceram condições necessárias para o atendimento do
número multiplicado de alunos que acorreram às universidades e aos outros
níveis de ensino. A deterioração de todo o sistema e o empobrecimento da qualidade
de seus produtos foi inevitável.
Apesar de a
Psicologia ter passado a fazer parte do ensino superior, principalmente após a
criação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras e da Política, sua
regulamentação, enquanto curso autónomo, coincide com o nascimento do período
expansionista. A Lei nJ2 4.119, de 27 de agosto de 1962, dispôs sobre a
formação em Psicologia e regulamentou a profissão de psicólogo. Após o
Decreto-Lei nJ2 53.464, de 21 de Janeiro de 1964, surgiram formalmente
reconhecidas as primeiras escolas formadoras de psicólogos (ZANELLI, 2002:21).
Raramente no
nosso contexto Moçambicano, valoriza essa data, esta lei e este decreto. Muitas
pessoas não têm reconhecimento desta data e essa lei que rege o regulamento
profissional de psicólogo.
A
Psicologia e os Psicólogos que temos
É inegável que a psicologia, em pouco mais de um
século de existência, produziu um grande volume de "conhecimento
científico" acerca da natureza humana. O alcance dessa acumulação de
conhecimentos, evidencia-se na ampliação dos espaços de inserção conquistados,
nesse período. Em quase todas as situações da vida quotidiana este conhecimento
contribui (ou pode contribuir) para a promoção de modos de vida mais saudáveis.
Não obstante, recentemente, pode-se observar que a Psicologia vem enfrentando
uma séria crise, na qual, muitas de suas práticas e âmbitos de actuação vêm
sendo severamente questionados. Por de trás desta crise, esconde-se uma questão
fundamental: para que servem a Psicologia e os psicólogos?
A
fim de compreender a crise pela qual a Psicologia atravessa, deve-se assinalar
que, tradicionalmente, a prática empreendida pelos psicólogos, têm privilegiado
uma perspectiva de análise e de intervenção no âmbito do estritamente
individual. Nesta, buscam-se explicações individuais para as mais diferentes
facetas da existência humana, diagnosticando-os "adaptadas" ou
desadaptadas", segundo o modelo estabelecido como padrão normal.
(PEREZ e MOURA, 1999, p. 11).
A divisão da Psicologia em "campos de actuação
especializados" acentuou a fragmentação do conhecimento psicológico e, por
conseguinte, do seu objecto de estudo, porque motivou o desenvolvimento de um
arcabouço teórico e técnico cada vez mais específico e delimitado. Não
obstante, mesmo separados, distanciados e fixados nos "campos de actuação
específicos" os psicólogos continuaram a desenvolver uma prática
adaptacionista e acrítica por causa da matriz individualizante que está
subjacente a qualquer um destes campos.
Conforme
a análise de AZEVEDO e MENIN (1995), actualmente a
figura do psicólogo se encontra com uma série de problemas. Os mais relevantes
são:
(a) Desconhecimento por parte da população;
(b) Pouco apoio das administrações públicas;
(c) Confusão profissional;
(d) Um sistema educacional hostil.
A maior parte da
população desconhece a existência dessa profissão (PEREZ
e MOURA, 1999). Isso faz com que a psicologia tenha uma visibilidade nula, dificulta
a difusão dos seus conhecimentos e o recebimento de financiamentos que apoiem
pesquisas nessa área. É necessária a divulgação sobre a existência desse
profissional e o trabalho que ele desempenha para, assim, aumentar a visão
dessa disciplina tão importante para a qualidade educacional das pessoas.
As administrações públicas nem sequer reconhecem o psicólogo dentro das
suas actividades profissionais. Aqueles que se formam nessa disciplina são
reconhecidos aos olhos do Estado como orientadores ou psicopedagogos. Essa
falta de apoio não ocorre exclusivamente no nome, pois também não são generosos
os recursos que são concedidos à disciplina para fomentar seu desenvolvimento.
Devido a uma organização estatal ruim, existe uma confusão profissional
entre as funções que os diferentes profissionais desempenham. Em um cargo, uma
mesma pessoa costuma desempenhar as funções de pedagogo, psicólogo e
orientador. Em vez de uma pessoa fazer o trabalho de todos, deveria existir uma
equipe de profissionais bem coordenados trabalhando em prol da educação dos
alunos (AZEVEDO e MENIN, 1995).
Em contrapartida constatamos a criação de
instituições Moçambicanas seja elas de educação, sejam elas com fins lucrativos
e caritativas, muita das vezes dá mau funcionamento, pelo facto de guardarem,
ocultarem e desprezarem lugares e oportunidades que seriam para os psicólogos,
onde fariam as suas actividades como de estratégias de desenvolvimento das
instituições, a motivação, planificação, recrutamento, aconselhamentos e outros
serviços, isto porque, não oferecem condições necessárias no que diz respeito o
processo de organização e efectivação das actividades previstas no currículo de
educação para os psicólogos e a psicologia.
Por meio de situações e problemas típicos do
exercício profissional do Psicólogo em Moçambique, de actividades potenciais
que, por alguma razão, não são desenvolvidas, dos conceitos e instrumentos
comumente utilizados, das expectativas e necessidades daqueles que são
envolvidos pela acção profissional, e assim por diante, pode-se reduzir as
atitudes, os conhecimentos e as habilidades necessárias no preparo do
profissional.
Reflexão
A prática do psicólogo,
exige busca de uma ética administrativa e uma visão de mundo calcadas em
rigorosidade, pesquisa, criticidade, bom senso, flexibilidade, curiosidade,
competência e disponibilidade. Somos instigados a aprender e suplantar
desafios, a compartilhar e a trabalhar em equipas ou parcerias. Actualmente a
figura do psicólogo em Moçambique se encontra com uma série de problemas. Nas administrações
públicas, nas instituições privadas e governamentais e outros lugares, nem sequer reconhecem o psicólogo dentro das
suas actividades profissionais, até a própria sociedade não reconhece o
psicólogo, mas tudo isso deve se pelo facto de não ter oportunidade de executar
as suas funções nos seus lugares como profissional.
Nisto, deixamos as seguintes questões de
reflexão:
ü
Porque,
o escasso é tão maior no enquadramento do psicólogo no seu ambiente de trabalho
em Moçambique?
ü
Até
que ponto, o psicólogo será envolvido nas suas actividades profissionais em
Moçambique?
Conclusão
Depois de uma longa
abordagem, chegamos nos momentos finais, onde estamos a dar considerações
finais daquilo que vínhamos tratando. Assim sendo concluímos que, na execução
de qualquer actividade requer inteligência, forca, motivação, incentivação e
competências. Toda bagagem precisa de ser tirada ou descarregada. Para que acha
uma boa formação em qualquer área que seja, é preciso que haja, teoria e
pratica.
Como afirma
Bleger, a Psicologia só pode ser, ou deve ser, como ciência, o conjunto de
conhecimentos que nos permite conhecer e actuar sobre a vida humana e sobre o
agente da mesma: O ser humano.
Na prática do psicólogo, exige busca de uma
ética administrativa e uma visão de mundo calcadas em rigorosidade, pesquisa,
criticidade, bom senso, flexibilidade, curiosidade, competência e
disponibilidade. Na relação entre estratégia, liderança e aprendizagem, há uma
tendência em ressaltar a importância dos processos de aprendizagem. Embora
muito se discuta sobre o que constitui uma estratégia eficaz, sabe-se que a
capacidade de aprender, individual e colectivamente, é a competência maior para
superar as pressões ambientais e direccionar as mudanças no sentido que se
pretende.
O Psicólogo é um profissional que desenvolve uma
intervenção capaz de enfrentar as dificuldades do dia-a-dia, ele trabalha para
promover o bem-estar social, psicológico e social das pessoas, onde procura
promover a saúde das pessoas de uma forma dinâmica. É agente que propõe com
horizonte do seu fazer a conscientização e ajuda as pessoas superar suas
identidades alienáveis, pessoal e individual ao transformar as condições
opressivas do seu contexto.
Este cenário, de dificuldade de enquadramento do psicólogo no seu
ambiente de trabalho, é relativamente uniforme no País, sem ter passado por
modificações significativas desde sua implementação ata então. Desse modo, muitas vezes coloca-se em
risco a sobrevivência da organização. Quanto maior a tendência a padrões
conservadores, quase sempre capitaneados pelos dirigentes, maior o risco.
Referências
bibliográficas
AZEVEDO,
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dificuldades deste encontro. São Paulo, Editora Cortez/Fapesp, 1995.
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J. S. História de Psicologia Social
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BRAGHIROLLI,
Elaine Maria, et al. Psicologia Geral.
22ª Ed. Brasil, Editora vozes Petrópolis, 2002.
FIGUEIREDO,
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discursos psicológicos. São Paulo, Editora Vozes-Educ, 1995.
HENNEMAN,
Richard H. O que é Psicologia. Rio de
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PEREZ, Eliana e MOURA Gonçalves. A Psicologia (e os Psicólogos) Que Temos e a Psicologia Que Queremos:
Reflexões a Partir das Propostas de Diretrizes Curriculares (MEC/SESU) para os
Cursos de Graduação em Psicologia. Psicologia ciência e profissão, editora
Pelotas,19 vol. (2), 1999, (PP 10-19). Recuperado de URL: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/pcp/v19n2/03.pdf
REIS, H. L. S. Psicologia:
o que é isso?. Araripina, 2009. Consulta
em 19/jun/18. Disponível
em:http://www.araripina.com.br/psicologia-o-que-e-isso.
WOOLFOLK, A. E. Psocologia da Educação. Porto Alegre,
Editora Artmed, 2000.
ZANELLI, José Carlos. O psicólogo as organizações de
trabalho. São Paulo, Artmed Editora, 2002.
[1] Estudante da
Universidade Pedagógica delegação de Montepuez, Curso de Psicologia Educacional
3o Ano. Email: joaopedrowing@gmail.com. contacto: 849013918/862963173
[2] Mestre em
Educacao/Psicologia Educacional, Investigador de NEPE e Docente na
UP-Montepuez, email: machuwabo@gmail.com. contacto: 861778102 e 825771970
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