quinta-feira, 12 de setembro de 2019

PSICOLOGIA E OS PSICÓLOGOS PARA O QUE? Análise sobre o contexto Moçambicano

PSICOLOGIA E OS PSICÓLOGOS PARA O QUE?
Análise sobre o contexto Moçambicano



João Pedro Wing[1]
Machel Isac[2]
Nota de Referência
WING, J.P. & ISAC, M. (2018). Psicologia e os psicólogos para o que? Análise sobre o contexto Moçambicano. Montepuez : Universidade Pedagógica. Disponivel em:https://joaopedrowing.blogspot.com/2019/09/psicologia-e-ospsicologos-para-o-que.html




Resumo:
O trabalho tem como tema: Psicologia e os Psicólogos para o que? Análise sobre o contexto Moçambicano. Com este tema os autores pretendiam compreender, como a Psicologia como ciência funciona e os Psicólogos como profissionais actuam no contexto Moçambicano. Não se tem conhecimento de quando, como e quem deu início a esse tipo de tratamento da Psicologia e os Psicólogos em Moçambique, pois desde a sua implementação até então enfrenta grandes dificuldades no campo de actuação. A este escasso de envolvimento do psicólogo no seu ambiente de trabalho, deixa uma preocupação aos Psicólogos Moçambicanos. A pesquisa é de uma abordagem qualitativa, quanto aos procedimentos foi uma revisão bibliográfica, usando método fenomenológico hermenêutica. Todavia, verifica-se ausencia de políticas para actuação destes. Espera-se com estes dispertar o papel do Psicólogo na sociedade Moçambicana.
Palvras-chave: Psicólogos, Moçambique, Psicologia, actuação e instituição.
Abstract:
The work has as its theme: Psychology and Psychologists for what? Analysis of the Mozambican context. With this theme the authors wanted to understand, how Psychology as a science works and Psychologists as professionals act in the Mozambican context. There is no knowledge of when, how and who started this kind of treatment of Psychology and Psychologists in Mozambique, since its implementation until then faces great difficulties in the field of action. This scarce involvement of the psychologist in his work environment leaves a concern to the Mozambican Psychologists. The research is of a qualitative approach, as far as the procedures was a bibliographical review, using phenomenological hermeneutic method. However, there is no policy to act on them. It is hoped that these will uncover the role of Psychologist in Mocambicana society.
Key words: Psychologists, Mozambique, Psychology, acting and institution.


Introdução
O Psicólogo é um profissional que desenvolve a sua actividade convista a promover o bem-estar social, psicológico e social dos indivíduos. A fraca coactuação deste to sobre a sistematização de dados sobre a actuação deste em contextos Educacionais (dificuldades de aprendizagem) de calamidades naturais, abusos sexuais e em casos de violências que cause trauma nos indivíduos. Dai a nossa inquietação psicologia e psicólogos para oque?
Por meio de situações e problemas típicos do exercício profissional do Psicólogo em Moçambique, apesar de se reconhecer o papel deste na sociedade. Por alguma razão, não são exploradas as potencialidades desde, visto que nas escolas não encontramos a figura do psicólogo entre outros sectores cuja actuação deste é imprescindível.
Este cenário de dificuldade de enquadramento do psicólogo, nos preocupa bastante, visto que ao se fazer o curso, olha para os perfis de saída, relactivamente aos currículos da Universidade Pedagógica, onde vem frustrando as expectativas destes.

Por tanto foi a partir deste problema em que o presente estudo tem como tema: Psicologia e os psicólogos para o que? Análise sobre o contexto moçambicano.
Por tanto esta pesquisa, teve como objectivo geral Descrever as dificuldades do enquadramento do Psicólogo no seu ambiente de trabalho em Moçambique. E para operacionalização do objectivo geral, a pesquisa teve os seguintes objectivos específicos identificar e caracterizar as dificuldades do enquadramento do Psicólogo no seu ambiente de trabalho em Moçambique.
A presente pesquisa, enquadra-se nas ciências psicológicas, na sua linha de pesquisa Psicologia Geral, em que os autores para melhor perceber a respeito do tema teve como objecto de estudo “as dificuldades do enquadramento do Psicólogo no seu ambiente de trabalho em Moçambique”.
No que tange a relevância do tema a razão da escolha deste tema deveu-se pelo facto de actualmente existir muita reclamação pela parte dos professores, estudantes e especialistas de psicologia que tem vindo dia-pois-dia a se deparar com essa problemática das dificuldades de aplicação da Psicologia, das praticas e da actuação. Facto que desencoraja ou desmotiva muitos indivíduos da área em não desenvolver suas actividades conforme.
Em paralelo às regras estruturais, o trabalho em vista está organizado a partir da presente introdução, seguida sucessivamente do desenvolvimento dos aspectos essenciais relacionados com o tema em abordagem, a discussão em torno do mesmo, sugestões e a sua síntese conclusiva e a respectiva referência bibliográfica que faz a elucidação das obras usadas na desta linha teórica.
Revisão da literatura
Conceito de Psicologia
O termo Psicologia é de origem greco-latino, e etimologicamente pode traduzir-se no seguinte: psiychè = alma; logia=logos=estudo ou ciência. Assim, a palavra Psicologia significa estudo da alma ou ciência da alma, ciência que estuda as ideias, sentimentos, e determinações cujo conjunto constitui o espírito humano (HENNEMAN, 1974).
Como uma ciência autónoma com um objecto de estudo e métodos próprios de investigação, ela é definida como ciência que estuda o comportamento do homem e dos outros animais.
Segundo WOOLFOLK (2000), Psicologia é o estudo de comportamento e dos processos mentais.
Actualmente a psicologia é definida como a ciência que se concentra no comportamento e nos processos mentais – de todos os animais.
Assim, o objecto de estudo da Psicologia é o comportamento dos seres vivos especificamente homens e animais, isto é, a Psicologia estuda a resposta ou conjunto de respostas observáveis de um individuo ou de um grupo, a uma situação ou estímulo.
Quem é Psicólogo?
Psicólogo “é o profissional que faz o curso de graduação em Psicologia e pode se especializar em qualquer das variadas áreas da Psicologia”. (BRAGHIROLLI, et al, 2002, p. 26).
Para REIS (2009), o Psicólogo é um profissional graduado em Psicologia, curso com duração média de 5 anos, em que se estuda uma série de teorias sobre porque as pessoas se comportam da forma como se comportam e como é possível ajudá-las a superar suas dificuldades e/ou desenvolverem-se de algum modo.
De uma forma geral, podemos afirmar que o psicólogo é um profissional formado na área de psicologia que procede a sua investigação utilizando técnicas específicas no sentido de ajudar os indivíduos a desenvolverem-se e a obterem a sua satisfação pessoal.
O que um Psicólogo faz? 
A resposta a esta pergunta pode variar de acordo com o campo e método de trabalho do profissional. Na luz de REIS (2009), na Clínica, o Psicólogo busca ajudar o cliente a compreender as causas de seu sofrimento e encontrar formas de superá-lo. Ele não atende apenas portadores de transtornos psiquiátricos (depressão, esquizofrenia, pânico, entre outros), mas qualquer pessoa que esteja insatisfeita com algum aspecto de sua vida e queira melhorá-lo, como por exemplo, casamento, trabalho, educação dos filhos, entre outros.

Como o Psicólogo trabalha? 

A resposta a esta pergunta também irá variar de acordo com o campo e método de trabalho do Psicólogo. Para REIS (2009), o Campo de trabalho é o contexto no qual ele actua, contexto este, que pode ser clínico, organizacional, educacional, social/ comunitário, hospitalar/ saúde, esporte, jurídico, trânsito, entre outros. Cada um destes contextos possui um conjunto de demandas (necessidades) específicas, que exigem do Psicólogo um conjunto de estratégias específicas para atendê-las. Estas estratégias também podem variar conforme seu método de trabalho.

O Método de trabalho do Psicólogo é baseado em sua teoria de estudo, que pode ser Comportamental, Cognitivista, Psicanalítica, Sistêmica ou outra, dentre as tantas reconhecidas pelo Conselho de Psicologia (REIS, 2009). Cada uma delas possui uma forma particular de compreender e explicar o comportamento humano, e a partir dessas particularidades, variam também as formas de lidar com os problemas levados à clínica.

Enquanto alguns psicólogos prezam por um método que estimula mais a escuta diante dos problemas relatados, outros trabalham fundamentados em abordagens que incentivam o diálogo constante e vínculo colaborativo entre terapeuta e cliente. Os Psicólogos organizacionais, por exemplo, participam activamente do processo terapêutico fazendo perguntas, comentários e propondo actividades que levem o cliente a compreender melhor seu problema e desenvolver estratégias para superá-lo. A intervenção é feita a partir de uma análise cuidadosa do que o levou a procurar ajuda e de sua vida de forma geral, e via de regra, busca promover a autonomia daquela pessoa, de forma que ela própria seja capaz, no futuro, de identificar factores desencadeadores de problemas e eliminá-los, evitando recaídas.

Desenho metodológico
A pesquisa é descritiva do cunho qualitativo, baseada aos procedimentos de uma revisão bibliográfica.
Neste estudo é privilegiada a abordagem qualitativa uma vez que, as opiniões e as informações foram analisadas fazendo o juízo de valor. Isso por que os autores não pretendiam quantificar a ocorrência do fenómeno, mas sim aferir sensibilidades em relação ao fenómeno pesquisado. E a pesquisa é descritiva porque objectivo era de descrever como ocorre o fenómeno. E ainda ela é bibliográfica por que os autores entraram em confrontação com as literaturas (estudos feitos), desde monografia, artigos e dissertações que abordam em relação a esta problemática das dificuldades de enquadramento do Psicólogo Moçambicano no seu ambiente de Trabalho, que vem ganhando um contorno alarmante dia-pois-dia.
Portanto na presente pesquisa, a metodologia usada consistiu na abordagem fenomenológico hermenêuticas que serviu como base para perceber acerca das dificuldades de enquadramento do Psicólogo Moçambicano no seu ambiente de Trabalho.
Resultado e discussão
Hoje, nota-se que a formação e a actuação do psicólogo na realidade Moçambicana têm sido objecto de constante estudo. Essas investigações cresceram em quantidade na medida em que um maior número de psicólogos foi colocado no mercado de trabalho, muitas vezes denunciando um desajuste na situação de exercício das actividades profissionais. Quando se verifica o panorama geral desses estudos, incluindo as dissertações, as teses e os livros, percebe-se que a análise das relações entre a formação e a actuação do psicólogo merece maior atenção.
Desde que surgiram os primeiros cursos de Psicologia, até hoje a essência do curso não foi reformulada". Para Weber e Carraher (1982) citado por ZANELLI (2002), existe consenso de que o currículo vigente não reflecte o estado actual da Psicologia como ciência e como profissão. Constatam-se desfasagens patentes entre o que aqui é ensinado e o que é produzido nos grandes centros intelectuais, bem como entre o que o psicólogo aprendeu e os desafios que afronta quotidianamente na sua prática profissional.
“A formação profissional e o exercício das actividades de trabalho pelo psicólogo têm sido restritos, precários e deficientes” (ZANELLI, 2002, p. 17).

Funções dos Psicólogos

Com base das informações da área e reflexão conjunta dos psicólogos, apresentam, em consistência com objectivos previamente definidos, funções e tarefas idealizadas como uma análise ocupacional do psicólogo.
Para ZANELLI (2002), colocadas entre as actividades do psicólogo, a realização de diagnóstico psicológico, orientação e mensuração psicológica para processos de selecção profissional, orientação psicopedagógica e solução de problemas de ajustamento, estão ao cargo do Psicólogo. O que orienta a definição das actividades que o psicólogo pode exercer, fica claro, que é a selecção de pessoal ou o uso de instrumentos psicológicos para avaliar o ajuste do indivíduo em diferentes contextos. Tando em conta as actividades, o psicólogo é:
ü  Agente de mudança;
ü  Mediador e facilitador das relações e da comunicação;
ü  Supervisionar e acompanhar a execução de programas de reeducação psicopedagógica;
ü  Diagnosticar e acompanhar clinicamente profissionais e estudantes com os problemas que afecta o desempenho;
A Psicologia e os Psicólogos nas décadas actuais
Pretende-se percorrer rapidamente, em breve histórico, a implantação do que se tem caracterizado como a política educacional Moçambicana, voltando nossa atenção para o sistema de ensino superior e a instalação dos cursos de Psicologia nas Escolas Secundárias Gerais, substrato formal para a legitimação do exercício dos psicólogos, em geral e em particular, das actividades dos mesmos em organizações.
A instalação de cursos de Psicologia, mostrou-se rentável: sem grandes dispêndios financeiros, estruturaram-se cursos de ampla demanda para aqueles que sonhavam ascender pela via do terceiro grau. O revestimento de respeitabilidade académica foi procurado por meio da reprodução dos padrões adoptados pelas universidades que já mantinham alguma tradição. As faculdades particulares captavam professores entre os alunos recém-graduados nas universidades já firmadas.
Conforme a análise de AZEVEDO e MENIN (1995), ao mesmo tempo em que, sob, o rótulo de democratização do ensino, expandiram-se as matrículas, não se forneceram condições necessárias para o atendimento do número multiplicado de alunos que acorreram às universidades e aos outros níveis de ensino. A deterioração de todo o sistema e o empobrecimento da qualidade de seus produtos foi inevitável.
Apesar de a Psicologia ter passado a fazer parte do ensino superior, principalmente após a criação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras e da Política, sua regulamentação, enquanto curso autónomo, coincide com o nascimento do período expansionista. A Lei nJ2 4.119, de 27 de agosto de 1962, dispôs sobre a formação em Psicologia e regulamentou a profissão de psicólogo. Após o Decreto-Lei nJ2 53.464, de 21 de Janeiro de 1964, surgiram formalmente reconhecidas as primeiras escolas formadoras de psicólogos (ZANELLI, 2002:21).

Raramente no nosso contexto Moçambicano, valoriza essa data, esta lei e este decreto. Muitas pessoas não têm reconhecimento desta data e essa lei que rege o regulamento profissional de psicólogo.

A Psicologia e os Psicólogos que temos

É inegável que a psicologia, em pouco mais de um século de existência, produziu um grande volume de "conhecimento científico" acerca da natureza humana. O alcance dessa acumulação de conhecimentos, evidencia-se na ampliação dos espaços de inserção conquistados, nesse período. Em quase todas as situações da vida quotidiana este conhecimento contribui (ou pode contribuir) para a promoção de modos de vida mais saudáveis. Não obstante, recentemente, pode-se observar que a Psicologia vem enfrentando uma séria crise, na qual, muitas de suas práticas e âmbitos de actuação vêm sendo severamente questionados. Por de trás desta crise, esconde-se uma questão fundamental: para que servem a Psicologia e os psicólogos?
A fim de compreender a crise pela qual a Psicologia atravessa, deve-se assinalar que, tradicionalmente, a prática empreendida pelos psicólogos, têm privilegiado uma perspectiva de análise e de intervenção no âmbito do estritamente individual. Nesta, buscam-se explicações individuais para as mais diferentes facetas da existência humana, diagnosticando-os "adaptadas" ou desadaptadas", segundo o modelo estabelecido como padrão normal. (PEREZ e MOURA, 1999, p. 11).
A divisão da Psicologia em "campos de actuação especializados" acentuou a fragmentação do conhecimento psicológico e, por conseguinte, do seu objecto de estudo, porque motivou o desenvolvimento de um arcabouço teórico e técnico cada vez mais específico e delimitado. Não obstante, mesmo separados, distanciados e fixados nos "campos de actuação específicos" os psicólogos continuaram a desenvolver uma prática adaptacionista e acrítica por causa da matriz individualizante que está subjacente a qualquer um destes campos.
Conforme a análise de AZEVEDO e MENIN (1995), actualmente a figura do psicólogo se encontra com uma série de problemas. Os mais relevantes são:
(a) Desconhecimento por parte da população;
(b) Pouco apoio das administrações públicas;
(c) Confusão profissional;
(d) Um sistema educacional hostil.

A maior parte da população desconhece a existência dessa profissão (PEREZ e MOURA, 1999). Isso faz com que a psicologia tenha uma visibilidade nula, dificulta a difusão dos seus conhecimentos e o recebimento de financiamentos que apoiem pesquisas nessa área. É necessária a divulgação sobre a existência desse profissional e o trabalho que ele desempenha para, assim, aumentar a visão dessa disciplina tão importante para a qualidade educacional das pessoas.
As administrações públicas nem sequer reconhecem o psicólogo dentro das suas actividades profissionais. Aqueles que se formam nessa disciplina são reconhecidos aos olhos do Estado como orientadores ou psicopedagogos. Essa falta de apoio não ocorre exclusivamente no nome, pois também não são generosos os recursos que são concedidos à disciplina para fomentar seu desenvolvimento.

Devido a uma organização estatal ruim, existe uma confusão profissional entre as funções que os diferentes profissionais desempenham. Em um cargo, uma mesma pessoa costuma desempenhar as funções de pedagogo, psicólogo e orientador. Em vez de uma pessoa fazer o trabalho de todos, deveria existir uma equipe de profissionais bem coordenados trabalhando em prol da educação dos alunos (AZEVEDO e MENIN, 1995).
Em contrapartida constatamos a criação de instituições Moçambicanas seja elas de educação, sejam elas com fins lucrativos e caritativas, muita das vezes dá mau funcionamento, pelo facto de guardarem, ocultarem e desprezarem lugares e oportunidades que seriam para os psicólogos, onde fariam as suas actividades como de estratégias de desenvolvimento das instituições, a motivação, planificação, recrutamento, aconselhamentos e outros serviços, isto porque, não oferecem condições necessárias no que diz respeito o processo de organização e efectivação das actividades previstas no currículo de educação para os psicólogos e a psicologia.
Por meio de situações e problemas típicos do exercício profissional do Psicólogo em Moçambique, de actividades potenciais que, por alguma razão, não são desenvolvidas, dos conceitos e instrumentos comumente utilizados, das expectativas e necessidades daqueles que são envolvidos pela acção profissional, e assim por diante, pode-se reduzir as atitudes, os conhecimentos e as habilidades necessárias no preparo do profissional.
Reflexão
A prática do psicólogo, exige busca de uma ética administrativa e uma visão de mundo calcadas em rigorosidade, pesquisa, criticidade, bom senso, flexibilidade, curiosidade, competência e disponibilidade. Somos instigados a aprender e suplantar desafios, a compartilhar e a trabalhar em equipas ou parcerias. Actualmente a figura do psicólogo em Moçambique se encontra com uma série de problemas. Nas administrações públicas, nas instituições privadas e governamentais e outros lugares,  nem sequer reconhecem o psicólogo dentro das suas actividades profissionais, até a própria sociedade não reconhece o psicólogo, mas tudo isso deve se pelo facto de não ter oportunidade de executar as suas funções nos seus lugares como profissional.
Nisto, deixamos as seguintes questões de reflexão:
ü  Porque, o escasso é tão maior no enquadramento do psicólogo no seu ambiente de trabalho em Moçambique?  
ü  Até que ponto, o psicólogo será envolvido nas suas actividades profissionais em Moçambique?
Conclusão
Depois de uma longa abordagem, chegamos nos momentos finais, onde estamos a dar considerações finais daquilo que vínhamos tratando. Assim sendo concluímos que, na execução de qualquer actividade requer inteligência, forca, motivação, incentivação e competências. Toda bagagem precisa de ser tirada ou descarregada. Para que acha uma boa formação em qualquer área que seja, é preciso que haja, teoria e pratica.
Como afirma Bleger, a Psicologia só pode ser, ou deve ser, como ciência, o conjunto de conhecimentos que nos permite conhecer e actuar sobre a vida humana e sobre o agente da mesma: O ser humano.
 Na prática do psicólogo, exige busca de uma ética administrativa e uma visão de mundo calcadas em rigorosidade, pesquisa, criticidade, bom senso, flexibilidade, curiosidade, competência e disponibilidade. Na relação entre estratégia, liderança e aprendizagem, há uma tendência em ressaltar a importância dos processos de aprendizagem. Embora muito se discuta sobre o que constitui uma estratégia eficaz, sabe-se que a capacidade de aprender, individual e colectivamente, é a competência maior para superar as pressões ambientais e direccionar as mudanças no sentido que se pretende.
O Psicólogo é um profissional que desenvolve uma intervenção capaz de enfrentar as dificuldades do dia-a-dia, ele trabalha para promover o bem-estar social, psicológico e social das pessoas, onde procura promover a saúde das pessoas de uma forma dinâmica. É agente que propõe com horizonte do seu fazer a conscientização e ajuda as pessoas superar suas identidades alienáveis, pessoal e individual ao transformar as condições opressivas do seu contexto.
Este cenário, de dificuldade de enquadramento do psicólogo no seu ambiente de trabalho, é relativamente uniforme no País, sem ter passado por modificações significativas desde sua implementação ata então. Desse modo, muitas vezes coloca-se em risco a sobrevivência da organização. Quanto maior a tendência a padrões conservadores, quase sempre capitaneados pelos dirigentes, maior o risco.


Referências bibliográficas

AZEVEDO, M. A. e MENIN, M. S. Psicologia e política: reflexões sobre possibilidades e dificuldades deste encontro. São Paulo, Editora Cortez/Fapesp, 1995.
BERNARDES, J. S. História de Psicologia Social Contemporânea. São Paulo, editora Petrópolis Vozes, 1998.
BRAGHIROLLI, Elaine Maria, et al. Psicologia Geral. 22ª Ed. Brasil, Editora vozes Petrópolis, 2002.
FIGUEIREDO, L. C. Revisitando as Psicologias: da epistemologia à ética das práticas e discursos psicológicos. São Paulo, Editora Vozes-Educ, 1995.
HENNEMAN, Richard H. O que é Psicologia. Rio de Janeiro, Editora José Olympio,1974.
PEREZ, Eliana e MOURA Gonçalves. A Psicologia (e os Psicólogos) Que Temos e a Psicologia Que Queremos: Reflexões a Partir das Propostas de Diretrizes Curriculares (MEC/SESU) para os Cursos de Graduação em Psicologia. Psicologia ciência e profissão, editora Pelotas,19 vol. (2), 1999, (PP 10-19). Recuperado de URL: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/pcp/v19n2/03.pdf
REIS, H. L. S. Psicologia: o que é isso?. Araripina, 2009.  Consulta em 19/jun/18. Disponível em:http://www.araripina.com.br/psicologia-o-que-e-isso.
WOOLFOLK, A. E. Psocologia da Educação. Porto Alegre, Editora Artmed, 2000.
ZANELLI, José Carlos. O psicólogo as organizações de trabalho. São Paulo, Artmed Editora, 2002.



[1] Estudante da Universidade Pedagógica delegação de Montepuez, Curso de Psicologia Educacional 3o Ano. Email: joaopedrowing@gmail.com. contacto: 849013918/862963173
[2] Mestre em Educacao/Psicologia Educacional, Investigador de NEPE e Docente na UP-Montepuez, email: machuwabo@gmail.com. contacto: 861778102 e 825771970