REDES SOCIAIS (WHATSAPP, FACEBOOK E SMS);
SUAS IMPLICAÇÕES PSICOLÓGICAS NA ESCRITA
Jamal
Tarzane Alberto[1]
João
Pedro Wing[2]
Resumo:
O
trabalho tem como tema: redes sociais (whatsapp,
facebook e SMS), suas implicações
psicológicas na escrita. Com este tema os autores pretendiam compreender, de
como as redes sociais tem uma implicação psicológica na escrita. Não se tem
conhecimento de quando, como e quem deu início a essa forma de escrita, a única
certeza é de que se espalhou rapidamente pelas redes sociais sendo vista com
estranheza pela sociedade que ainda se encontra regida pela dureza da língua
portuguesa tradicional, facto esse que deixa preocupado aos pedagogos que se
deparam com esta situação nas suas actividades diárias, assim como outros estudiosos
da linguagem escrita, desde os psicolinguistas, entre outros. A pesquisa é de uma
abordagem qualitativa, quanto aos procedimentos foi uma revisão bibliográfica,
usando método fenomenológico hermenêutica. Todavia, verificou que o desvio da
escrita nas redes sociais tem uma implicação psicológica negativa, perturbando
psicologicamente os usuários, razão pela qual, torna difícil os mesmos
distinguir a forma da escrita das redes sociais de outro meio social.
Palvras-chave: Escrita; Redes
Sociais; Usuários.
Introdução
A
escrita é uma forma de comunicação que foi manifestada a um passado muito
antigo pelo ser humano. Cada povo de uma determinada nação elaborou as suas
normas de escrita segundo a sua língua, que consequentemente é a sua principal
manifestação cultural. Por tanto a linguagem escrita passa ser uma faculdade
que é exclusiva dos seres humanos, e ela rege-se por um conjunto de regras
gramaticais que tanto diferem de língua para língua, mas partilham o mesmo tipo
de complexidade. Com a expansão dos meios electrónicos portáteis mais simples,
celulares sobretudos os smartphones,
que suportam os aplicativos com mais destaque SMS, Facebook e Whatsapp, a
linguagem escrita tomou outro rumo, a partir das famosas práticas: teclar,
chatar, fecebucar, whatsappar, etc. E com essas práticas a linguagem escrita
tomou uma outra forma diferente da tradicional, quase que em todas línguas,
tanto nacionais, oficiais e estrangeiras incluindo a nossa língua portuguesa.
Não
se tem conhecimento de quando, como e quem deu início a essa forma de escrita,
a única certeza é de que se espalhou rapidamente pelas redes sociais sendo
vista com estranheza pela sociedade que ainda se encontra regida pela dureza da
língua portuguesa tradicional e pelas culturas dominantes, facto esse que deixa
preocupado aos pedagogos que se deparam com esta situação nas suas actividades
diárias, assim como outros estudiosos da linguagem escritas, desde os
psicolinguistas, entre outros.
Os
autores vivem este fenómeno a cada minuto que se interagem com seus familiares,
amigos, colegas e verificaram que cada dia que passa atrofiamos a linguagem
escrita devido ao uso das chamadas abreviaturas que não chegam de ser
abreviaturas por não existir formalidades das mesmas, que vão desde a troca de
letras com números, a simplificação de duas ou mais letras, não observância das
regras gramaticais, não identificação de palavras homófonas, transmissão de
emoções com uma sequência de letras ou símbolos não formais, mas sim criados
pelas próprias ferramentas. O mais caricato é que nas redes sociais é possível
encontrar uma única palavra escrita de varias maneiras, até por vezes com a
mesma pessoa, este sendo mais um facto que nos prova não existir um modelo
padronizado pelas redes sociais em relação a escrita, mas sim prática desviante
da escrita. Com esta problemática de escrita, desenvolvida nas redes sociais,
como forma de procurar estudar sobre o fenómeno, os autores levantaram a
seguinte questão orientadora da pesquisa: Quais são as implicações psicológicas das
redes sociais na escrita?
Por
tanto foi a partir deste problema em que o presente estudo tem como tema: redes
sociais (whatsapp, facebook e SMS), suas implicações psicológicas na
escrita.
Por
tanto esta pesquisa, teve como objectivo geral descrever as implicações
psicológicas das redes sociais na escrita. Fez-se uma descrição detalhada de
como ocorre a escrita nas redes sociais. E para operacionalização do objectivo
geral, a pesquisa teve os seguintes objectivos específicos identificar,
caracterizar as implicações psicológicas das redes sociais na escrita. E por
fim Sugerir ideias ou medida para minimizar as implicações psicológicas das
redes sociais na escrita, através das quais os usuários devem tomar cautela no
envio de mensagem observando as regras da escrita.
A
presente pesquisa, enquadra-se nas ciências psicológicas, na sua linha de
pesquisa das Necessidade Educativas Especiais (NEE), em que o autor para melhor
perceber a respeito do tema teve como objecto de estudo “Implicações psicológicas
das redes sociais na escrita”.
No
tange a relevância do tema a razão da escolha deste tema deveu-se pelo facto de
actualmente existir muita reclamação pela parte dos professores que tem vindo dia-pois-dia
a se deparar com essa problemática de escrita nas suas actividades diárias. Com
esta argumentação, pretendemos ressaltar que o desvio da escrita a partir dos
usuários das redes sociais, tem implicação psicológica negativa, pelo facto de
ser uma acção desviante do modelo tradicional da mesma sem a sua formalização,
em que numa vertente psicológica toma nome de disortografia.
Em
paralelo às regras estruturais, o trabalho em vista está organizado a partir da
presente introdução, seguida sucessivamente do desenvolvimento dos aspectos
essenciais relacionados com o tema em abordagem, a discussão em torno do mesmo,
sugestões e a sua síntese conclusiva e a respectiva referência bibliográfica
que faz a elucidação das obras usadas na desta linha teórica.
Revisão da literatura
Conceitos básicos
Facebook
Uma
palavra inglesa composta por dois termos: face
(que significa cara em português) e book
(que significa livro), o que indica que a tradução literal de facebook pode ser "livro de
caras".
Inicialmente,
a adesão ao facebook era restrita
apenas para estudantes da Universidade
Harvard, e logo foi a muitas universidades individuais. (https://www.significados.com.br/facebook/).
Inicialmente
a facebook era apenas usada para fins
académicos. E hoje é uma rede social mais usada a nível mundial pra vários
fins: envio de mensagem, fotos, vídeos, noticia, comércios entre outros. Isto
quer dizer que actualmente já não é usada apenas para fins académicos, mas
também para outros fins é caso de desvio da escrita. Hoje, é frequente ver uma
publicação através da escrita, sem nenhuma observância das regras da escrita.
Whatsapp
Na
língua inglesa, WhatsApp é marca
fantasia originada da aglutinação de What’s
up + App.
What’s up?
Significa E aí? Qual é o problema? O que
está acontecendo? Já App é a abreviação de Application program
(aplicativo).
Na
actualidade este sendo o aplicativo mais famoso, que tem funções quase da facebook.
SMS
A
sigla SMS vem da expressão inglesa “Short
Message Service”, que em
português significa serviço de mensagens curtas, disponível para aparelhos de
telefones móveis digitais habilitados para o envio de mensagens de textos de
até 160 caracteres para outros aparelhos celulares. (https://www.webartigos.com/artigos/o-que-significa-sms/86750).
O
primeiro SMS foi enviado em 1993, através de um computador utilizado para fins
pessoais a um telefone celular na rede do sistema de comunicação móvel global
(GSM), pela operadora Vodafone, no Reino Unido. Quem inventou o conceito foi o
engenheiro finlandês Matti Makkonenh na década de 1980. (https://conceito.de/sms).
O
SMS sendo um aplicativo disponível em todos telemóveis, diferentemente de
outros aplicativos (facebook, whatsapp,
etc.), e cujo esse passou a ser usado em Moçambique no ano 1997 a partir da implantação da rede telefonia móvel
(MCEL), Moçambique celular.
Portanto
de devido a limitação do espaço para escrever, fez surgir algo parecido a uma
nova linguagem que é chamada de abreviaturas que na opinião do autor não chega
ser, por não ser formal. Por exemplo quando alguém escreve para o outro kando
vens? 9dadx? Querendo: quando vens? Novidades?
Facto
este que deixa indignado os autores afirmar que talvez foi a partir do termo
SMS, que a escrita na actualidade foge do seu modelo tradicional, para um outro
que não tem nenhuma formalidade. Mas ainda a maior preocupação é, as chamadas
abreviaturas não só tem espaço nessas plataformas, mas sim vai muito além. Hoje
é possível encontrar até estudante do ensino superior no seu caderno a usar o
mesmo tipo de linguagem escrita das redes sociais.
Disortografia
Etimologicamente,
disortografia deriva dos conceitos “dis” (desvio) + “orto” (coreto)
+ “grafia” (escrita), ou seja, é uma dificuldade manifestada por um
conjunto de erros da escrita que afectam a palavra, mas não o seu traçado ou
grafia. (Torres & Fernández,
2001, p. 76).
Disortografia
é uma dificuldade manifestada por um conjunto de erros da escrita que afecta a
palavra mas não a grafia. Está mais relacionado nas regras de gramática ou seja
apresenta muitos erros ortográficos.
Serra
(2005), citado por Afonso (2010, p. 18), "é uma perturbação específica da
escrita que altera a transmissão do código linguístico ao invés dos fonemas,
dos grafemas, da associação correcta entre estes, no que respeita a
peculiaridades ortográficas de certas palavras e regras de ortografias".
Para
Barbeiro (2007), o sujeito com disgrafia assenta a sua escrita na correspondência
entre fonemas e grafemas. A sua escrita torna-se uma escrita fonética, mas
torna-se evidentes as incorreções das escritas das palavras que não
correspondem a uma transposição directa entre fonemas e grafemas, como
acontecem as palavras homófonas que apresentam a diferença ortográfica, mas o
mesmo valor fonético, (passo e paço).
Para
esta situação o que se verifica nas redes sociais é ainda mais grave em relação
a esta que Barbeiro nos traz. Para além passo para paço, nos deparamos com
situações do tipo passo para paxo.
Na
luz de Afonso (2010, p. 26), "a disortografia (escrita) implica ainda a
dificuldade de em separar sequências gráficas e em utilizar as regras de
ortografia, não respeitar as maiúsculas, infringem as regras de pontuação não usam
hífen para translinear as palavras".
Em
concordância com as ideias desse autor, compara-se o que acontece nas redes
sociais nos momentos do vulgo teclar ou “chat”, verifica-se a dificuldade de
separar sequências gráficas (nhacasa em vez de minha casa, amote em vez de
amo-te).
Afonso
(2010, p. 33) defende que "quando
falamos em escrita queremos referir-nos à actividade pela qual expressamos
ideias, sentimentos, conhecimentos, através de sinais gráficos".
Para
o autor escrever significa, ter o domínio da compreensão da relação existente
entre sons e letras ou seja ter o domínio da forma tradicional da escrita das
palavras. Este sendo um facto contraditório das redes sociais.
Implicações psicológicas das redes
sociais na escrita.
A escrita enquanto uma linguagem
A
linguagem escrita é uma faculdade que é exclusiva dos seres humanos, ela
rege-se por um conjunto de regras gramaticais que tanto diferem de língua para
língua, mas partilham o mesmo tipo de complexidade.
A
escrita, sistema simbólico que tem um papel mediador na relação entre sujeito e
objecto de conhecimento, é um artefacto cultural que funciona como suporte para
certas acções psicológicas, isto é, como instrumento que possibilita a
ampliação da capacidade humana de registo, transmissão e recuperação de ideias,
conceitos, informações. (Oliveira,
e outros 2002, p.63).
Como se pode observar, os primeiros registos deram vazão a uma
nova maneira de se viver, abrindo caminhos para interacções sociais e alargando
o conhecimento humano. A escrita serviu, ainda, como um dispositivo capaz de
marcar graficamente mensagens para uma comunicação a distância, assim como um
documento para resgatar concepções já adquiridas.
Pois, a escrita seria uma espécie de ferramenta externa, que
estende a potencialidade do ser humano para fora do seu corpo: da mesma forma
que ampliamos o alcance do braço com o uso de uma vara, com a escrita ampliamos
nossa capacidade de registo, de memória e de comunicação. (Oliveira e outros,
2002).
Diante disso, pode-se deduzir que, a partir do momento que o ser
humano domina a escrita, este passa a expandir seus conceitos, por meio de
registos, para o meio no qual está inserido. Conforme salienta Barbosa, a
escrita.
A
disortografia está relacionada com a composição escrita. “É uma perturbação
específica da escrita que altera a transmissão do código linguístico ao nível
dos fonemas, dos grafemas, da associação correta entre estes, no que respeita a
particularidades ortográficas de certas palavras e regras de ortografia. Compreende
erros apenas na escrita, sem que estes erros se verifiquem na leitura. ” (Serra
e outros 2005 citado por Coimbra 2013, p. 31).
Isto quer dizer que, se o indivíduo tem
distúrbios da linguagem escrita (disortografia), não significa que também apresenta
distúrbio da linguagem oral ou seja lê mal, apesar também que esses problemas
possam surgir em simultâneo.
Nestes
anos todos de evolução, as redes sociais não se modernizaram apenas em
estrutura e ferramentas, mas houve também a criação de uma nova linguagem, o
chamado “ internetês” que, preocupado com a rapidez na comunicação
promoveu mudanças no modo de se escrever, facto que ultimamente vem despertando
muita aflição entre pais e professores que se preocupam com a educação das
crianças e dos jovens em geral sendo alvo de críticas nas instituições
escolares haja vista alguns professores preocupados com a produtividade e a
qualidade de suas aulas utilizam os géneros digitais em seus no dia-a-dia. (Takahashi,
2013).
Para
este autor a evolução se refere não aquela no sentido positivo, visto que
devido a esta acção, perde-se a originalidade da escrita sem nenhuma formalidade,
uma forma de escrita em que cada um tem seu modelo, sem se preocupar se o
receptor vai perceber ou não. Onde podemos encontrar uma mesma palavra escrita
de várias maneiras e num único grupo de whatsapp, por exemplo.
Segundo
Komesu e Tenani (2009), o internetês é conhecido como forma grafo
linguística que se difundiu em textos como chats, blogs e demais redes sociais.
Seria uma prática de escrita caracterizada pelo registo divergente da norma
culta padrão [...] razão pela qual seus adeptos são tomados como “assassinos da língua portuguesa”, do
ponto de vista da prática de escrita.
Para
esse autor são assassinos da língua portuguesa do ponto de vista da prática de
escrita, em que sua escrita tem a prática a chamada abreviação, que na minha
humilde opinião não é, porque não observância das normas ortográficas,
acréscimos ou repetição das letras, troca ou omissão de letras, etc. E ainda
este autor vai mais além quando diz que esse assassinato da língua escrita é
quase sempre tomado como “simplificação da escrita”, e consequente “morte da
língua.
Nota-se
que essa acção assassinato da escrita do nosso português, tem como recursos muito
fortes que vão desde a troca de uma sílaba inteira por uma letra com som igual,
acréscimo de letras em uma palavra para se dar ênfase na pronúncia, repetição
de letras para transmitir algum sentimento ou comportamento até a supressão de
letras de uma palavra, nela a ortografia tradicional (original) da escrita do
nosso português perde validade, facto que nos mostra que essa acção tem espaço
nas redes sociais. Sendo lá onde as pessoas passam seus momentos de lazer
trocando mensagens (teclando) de forma escrita.
Cuja
forma de escrita dos usuários das redes sociais esta preocupando educadores e
estudiosos da linguagem, no sentido de que a escrita está sendo corrompida
pelos integrantes das redes sociais e consequentemente a língua encontra-se sob
ameaça.
Nesta
mesma perspectiva, Cruz (2009) citado por Coimbra (2013), defendem que a
disortografia remete para um conjunto de lacunas não necessariamente a nível
disortográfico, mas que se manifesta depois de adquiridos os mecanismos da
leitura e da escrita.
Ainda o mesmo autor defende que a
disortografia ocorre quando o indivíduo apresenta perturbações nas operações
cognitivas de formulação e de sintaxe. Apesar de comunicar oralmente, de poder
copiar e visualizar palavras e de conseguir escrevê-las quando ditadas, o
indivíduo não consegue organizar nem expressar os seus pensamentos segundo
regras gramaticais. (ibden).
Desenho metodológico
A
pesquisa é descritiva do cunho qualitativo, baseada aos procedimentos de uma
revisão bibliográfica.
Neste
estudo é privilegiada a abordagem qualitativa uma vez que, as opiniões e as
informações foram analisadas fazendo o juízo de valor. Isso
por que os autores não pretendiam quantificar a ocorrência do fenómeno, mas sim
aferir sensibilidades em relação ao fenómeno pesquisado. E a pesquisa é
descritiva por que objectivo era de descrever detalhadamente o fenómeno. E
ainda ela é bibliográfica por que os autores entraram em confrontação com as
literaturas (estudos feitos), desde monografia, artigos e dissertações que
abordam em relação a esta problemática da escrita (disortografia) que vem
ganhando um contorno alarmante dia-pois-dia.
Por tanto na presente pesquisa a metodologia usada consistiu na abordagem
fenomenológico hermenêuticas que serviu como base para perceber acerca das
implicações psicológicas das redes sociais na escrita.
Resultado e discussão
Hoje,
nota-se que várias pessoas têm estado a atropelar as regras da escrita que
quando analisada presume-se que seja implicações psicológicas negativas das
redes sociais, devido omissões, substituições de palavras troca de fonemas
entre outras formas que desviam a escrita. Em que na vertente psicológica o
desvio da escrita é tido como disortografia.
Para
Fonseca (1999), a disortografia o sujeito apresenta perturbações nas operações
cognitivas de expressão e de sintaxe.
Nas
redes sociais, os indivíduos usam as designadas abreviaturas, justificando como
forma de economizar o tempo e o espaço. Com isso, constata-se a incapacidade de
estruturar gramaticalmente a linguagem, podendo manifestar-se no
desconhecimento ou negligência das regras gramaticais em forma mais banais na
troca de plurais, falta de acentos ou erros ortográficos em palavras correntes
ou na correspondência incorrecta entre o som ou símbolo escrito, (omissões,
adições, substituições, trocas etc.)
Sinais indicadores:
Troca
de letras com números que se parecem sonoramente: chinelos para xinelos. Novidade
para 9dade.
Omissões
de letras: estamos para tamos, cadeira para cadera.
Junções
de letras ou palavras: vou estudar para voestudar e no caso mais gravíssimo
vxtudar/vostudar.
As
imagens abaixo são exemplos ilustrativos da escrita nas redes sociais SMS, Whatsapp e Facebook.
Imagem
1:
Imagem:
2
Imagem
3:
Imagem:4
Fonte:
autores, 2019
Por
tanto, essas formas de escrita que no entanto são desvios da forma formal, que
está sendo desenvolvida pelos usuários das redes sociais, na óptica do autor,
são características típicas dos transtornos da linguagem escrita, tecnicamente
conhecido como disortografia, como sustenta Sampaio.
Sampaio
(2009), descreve algumas características de indivíduos que apresentam
quadros de disortografia, são elas: Trocas
de letras que se parecem:
faca/vaca, chinelo/jinelo;
confusão de sílabas:
encontraram/encontrarão; adições:
ventitilador; omissões: cadeira/cadera,
prato e junções: no meiodatarde, voltarei maistarde.
Conclusão
Após
feita o estudo chegamos a concluir que as redes sociais têm uma implicação
psicológica na escrita, na medida em que vai-se trocando as letras com números,
omissão das letras que do princípio era consciente posteriormente deixa de ser.
Deixamos de prestar atenção durante a escrita, a percepção da escrita torna
menos importante, não se consegue distinguir da palavra correta da incorrecta
por que a memória já é perturbada.
Nas
redes sociais, os indivíduos usam as designadas abreviaturas, justificando como
forma de economizar o tempo e o espaço. Com isso, constata-se a incapacidade de
estruturar gramaticalmente a linguagem, podendo manifestar-se no
desconhecimento ou negligência das regras gramaticais em forma mais banais na
troca de plurais, falta de acentos ou erros ortográficos em palavras correntes
ou na correspondência incorrecta entre o som ou símbolo escrito, (omissões,
adições, substituições, trocas etc.)
Sugestões
Toda
sugestão é uma tentativa de mudança de um comportamento. E comportamento não se
muda de hoje para hoje, pode levar dias, meses até mesmo ano. Mas no entanto as
sugestões que aqui deixamos não acabadas, mas sim para minimizar o problema da
escrita. E são as seguintes sugestões:
ü Durante
a conversa nas redes sociais deve-se observar com rigorosidade as regras
gramaticais da escrita.
ü Durante
a escrita nas redes sociais não se deve trocar palavras com números;
ü Durante
a escrita não se deve omitir as palavras e ou letras;
ü Não
se deve inventar nenhuma abreviatura, excepto as formais;
ü Ao
tentar economizar o tempo e espaço deve-se colocar palavras-chave;
Referências bibliográficas
Afonso,
M. L. P. (2010). Disortografia: compreender pra intervir. Dissertação
apresentada à Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti, para obtenção
de grau de mestre em ciências da educação, especialização em educação especial.
Barbeiro,
L. (2007). Aprendizagem da Ortografia.
Porto: edições.
Coimbra, B.C. M. (2013).
Disortografia: Um modelo de Intervenção. Dissertação
apresentada à Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti. Disponível em:
repositorio.esepf.pt/bitstream/20.500.11796/1272/1/TM-ESEPF-EE_2013_TM-ESEPF-EE36.pdf
Fonseca,
L. (1999). Aprender a Aprender – a
educabilidade cognitiva. Lisboa: Editorial notícias.
Komesu, F.&Tenani, L. (2009). Considerações sobre o conceito de
“internetês” nos estudos da linguagem. Linguagem em (Dis)curso, Palhoça. SC,
v. 9, n. 3, p. 621-643, set./dez. Disponível em < ___________http://www.portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/Linguagem_Discurso/article/view/432/452>
Oliveira, M. K. (2002). Pensar a educação – Contribuições de
Vygotsky. In: Castorina, J. A.; e outros . Piaget-Vygotsky: novas
contribuições para o debate. São Paulo: Ática.
Sampaio, S. (2009). Dificuldades de aprendizagem: a psicopedagogia na relação sujeito,
família e escola. Rio de Janeiro: Wak Ed.
Takahashi, E. (2013). A Influência das redes sociais na sala de
aula e na escrita. Apucarana. Disponível em
https://pt.scribd.com/document/189734856/A-INFLUENCIA-DAS-REDES-SOCIAIS-NA-SALA-DE-AULA-E-NA-ESCRITA
Torres, R. & Fernández, P. (2001). Dislexia,
Disortografia e Disgrafia. Amadora: McGraw-Hill.
[1] Estudante da Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado, Curso de Psicologia Educacional 4o Ano.
Email: jamalmuregula.jtm@gmail.com. contacto: 840551683.
[2] Estudante da Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado, Curso de Psicologia Educacional 4o Ano.
Email: joaopedrowing@gmail.com. contacto: 849013918/862963173
Referencia
ALBERTO, Jamal Tarzane e WING, Joao Pedro. Redes sociais (whatsapp, facebook e SMS), suas implicações psicológicas na escrita. Universidade Romuna Extensão de Cabo Delgado, Curso de Psicologia Educacional, Montepuez. 2019. Diponivel em:https://joaopedrowing.blogspot.com/2019/11/redes-sociais-whatsapp-facebook-e.html



